terça-feira, junho 29, 2010

Conclusão

No fim de cada ano lectivo que passa, tenho sempre a consciência de que muitas foram as aprendizagens que fiz ao nível do ensino do português, pois que, cada turma, cada aluno, cada ano de escolaridade, cada colega com quem trabalho, de algum modo, sempre contribuem para as constantes mudanças, melhorias, reavalições que vão acontecendo na minha vida profissional e me vão fazendo crescer enquanto professora de português do 3º ciclo do ensino básico.
Este ano, um novo e grande contributo veio da Formação para a implementação dos Novos Programas de Português do Ensino Básico. Apesar de adiada para 2011 / 2012 a implementação do Novo Programa, nunca mais poderei encarar do mesmo modo o ensino do português e o desenvolvimento das suas cinco competências específicas (Compreensão e Expressão Oral, Escrita, Leitura e Conhecimento Explícito da Língua). A consciência de que as práticas que até agora predominaram na minha e noutras salas de aula não são as mais eficazes faz-me querer enveredar por outros caminhos e experimentar outras estratégias. O Novo Programa evidencia esta necessidade e os Gips orientam, concretizam, mostram como é possível fazer de modo diferente e mais eficaz.
Sinto que, neste ano lectivo, em muitos docentes de português deste país, foram lançadas as sementes da mudança no ensino-aprendizagem da língua de escolarização e só espero que nos apoiemos e nos apoiem na hora de se colocar em prática tantas novas e promissoras ideias, para que não haja desmotivação nem desilusão perante uma vontade grande que muitos professores têm de fazer diferente, melhor, e de realmente se conseguir um ensino do português de qualidade.

Pico da Pedra, 29 de Junho de 2010
Ana Isabel Carvalho